segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Às lagrimas noturnas




Ao passo que me esqueço
Entro no remoto lugar em que nada se busca
Ao passo que as nuvens seguem sem que me percebam
Eu ando a desejar o céu
O lugar da transição
O eterno e inalcançável céu...
Cigarros entre os dedos,
Algo nas mãos.
Fumaça ao ar,
Algo que deixo partir suavemente entre meus lábios.
Ando entre palavras perdidas de quem nunca quis dizer nada
Nem a si, muito menos ao mundo.
Nem o que queria posso:
O menor esforço,
A mão que não move,
O absorto.
Ando como nuvens,
Ando ao vento quente.
Apenas vejo o mundo
E sinto por ele.
Sinto amar a mulher alheia,
Sinto as noites partirem entre bebidas e cigarros,
Sinto beijar-te,
Mas é apenas um sonho bom.






tayra

Um comentário:

catherine disse...

shhh silencio
que fala